André Monteiro (que não era pianista nem tecladista profissa) começou a brincar de tropeçar suas mãos pelas teclas de um piano digital. Bruno Tuler (que não era baixista de carteirinha) passou a criar bolhas nos dedos de tanto deslizá-los pelas cordas de um baixo. Edmon Neto (que não era baterista convicto) deu pra batucar e soltar a pulsão de seus braços e pernas sobre o corpo de uma bateria. De tal encontro e pesquisa para aperfeiçoar “não saberes”, nasceu uma banda: Los Românticos Experience.
O experimental, no caso do presente projeto, tem a ver, também, com a tentativa de experimentar e promover diálogos e cruzamentos entre as diversas referências musicais presentes nos repertórios de cada membro do grupo. O resultado vem sendo uma fusão de Rock Progressivo, Punk Rock, Tropicalismos, Pós-tropicalismos, pegadas de Jazz, coloridos psicodélicos e outros baratos afins. O que dá unidade ao projeto talvez seja a tentativa de fazer rock sem guitarra. Inspirados, em grande medida, no lendário disco Loki?, de Arnaldo Baptista, Los Romanticos Experience se utilizam basicamente de piano, teclados, baixo, bateria e vocais. O rock, nesse caso, está na pulsão, nas levadas, no andamento e na sujeira de timbres buscados pela banda. Trata-se de um rock de gênero incerto. Um Rock-Jazz-Prog-Punkadélico? Os ouvintes nos dirão. Ou não?